segunda-feira, 26 de março de 2012

Conto " O Espelho" Machado de Assis


Cinco homens estão reunidos em uma sala. Discute metafísica, mas um deles este sempre calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no debate não passava de um ou outro resmungo de aprovação. Foi quando o ouvinte, chamado Jacobina que era um burguês intelectual e tinha um perfil irritante e sarcástico , passou a palestrante, narrando um fato que ocorrera em sua juventude. Quando Jacobina foi nomeado alferes da Guarda Nacional, todos os membros de sua família e alguns amigos passaram tratá-lo com carinhos e cortesias, chamando-o apenas de alferes. Esta condição levou-o a aceitar apenas uma das duas almas que formava o Homem. Sua personalidade atual deixava de existir permanecendo somente o título. Convidado a passar algumas semanas no sítio de sua tia Marcelina, ganha um espelho. Certa vez, Marcelina é levada a deixar o sítio sob a guarda de seu sobrinho. Jacobina então passa semanas sozinho e, para acabar com a solidão resolve se espelhar. No começo, vê a imagem desfocada, mas, ao colocar a farda, a imagem passa a se tornar nítida. Ao fim da narrativa o autor diz que  que o melhor remédio que encontrara para acabar com a solidão era, a certa hora do dia, por no mínimo duas horas, se olhar no espelho vestido com a farda de sua patente.

Assis, Machado de. O espelho. Disponível em http://www.lumiarte.com/luardeoutono/machado-espelho1.html

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